Lendas do crime



Londres dos anos 60 tinha um par de criminosos: os gémeos Reggie e Ronnie Kray.


Eles eram os senhores do submundo londrino, maus como as cobras e brutos como as casas, mas também vestiam na moda e tinham uma pose cool.


Como eram donos dos clubes nocturnos mais chiques e in e eram de convívio fácil, algum do brilho dos actores, cantores e desportistas que os frequentavam ou lá actuavam, e da alta sociedade que lá bebia, dançava e jogava, passou para eles.


Foi assim que os gémeos ganharam estatuto de celebridades, saindo nos jornais e revistas ao lado dos seus clientes, tornando-se figuras públicas em Inglaterra.


Só no ano passado foram feitos três filmes sobre Reggie e Ronnie Kray e é de um deles que vos falo hoje: Lendas do crime, de Brian Helgeland, que escolheu dar o ponto de vista e a narração da história a Frances Shea, a segunda mulher de Reggie e a sua grande paixão.


Este filme beneficia da capacidade britânica de recriação meticulosa de locais e épocas.


Tom Hardy é o actor que interpreta os dois gémeos e sai-se maravilhosamente nos dois papéis, quase apagando todos os outros personagens deste filme.


Ele brilha nos dois Kray, distinguindo-os através de pormenores físicos e de vestuário, de tiques, posturas, atitudes ou entoações de voz, embora sugerindo que eles são como duas manifestações de uma pessoa só - um mesmo "eu" perturbado e perigoso.


Reggie e Ronnie, os gémeos do mal são devotados e leais um ao outro, são inseparáveis, mesmo depois de quase se terem morto um ao outro à pancada!


Classificação final? Genial!






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