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Inicio esta crónica mensal numa camada de nervos!
 Não sou pessoa de deixar as coisas para a última da hora mas, desta vez, aconteceu. Não vou começar a divagar e a justificar-me que sou uma pessoa muito ocupada e que trabalho muito porque talvez isso não seja assim tão verdade e interessa-vos pouco. Até porque todos nós fazemos mais que o resto da humanidade. Mas já lá vamos.
 Não é novidade para ninguém que a vida de hoje em dia é uma correria - o trabalho, as obrigações, os hobbies que nos permitem descomprimir, a vida familiar e as tarefas domésticas. É sobre estas ultimas que eu me quero debruçar. Esse fardo do quotidiano que nos enerva e nunca, mas nunca, acaba. A própria expressão "tarefas domésticas" tem uma carga negativa em redor da mesma, como se fosse uma divida que temos de pagar ao longo da nossa existência, e no fundo até é.
Vivemos uma altura em que a tecnologia nos facilita imenso a execução dessas tarefas. Bimby´s, máquinas de lavar, secar, aspiradores automáticos e máquinas de lavar louça. Até existe uma máquina de café que permite tirar cafés com o telemóvel para não se perder tempo. Claro que isto facilita, mas não faz tudo.
Antigamente era mais fácil, estava implícito que o homem ia trabalhar e a mulher ficava a tomar conta da casa, belos tempos... calma, estou a brincar.
Com a evolução, a vida familiar começou a alterar-se e a mulher deixou de ter a disponibilidade de fazer tudo em casa. Claro que com isto, obriga o homem a participar nas lides domésticas  e é aqui que as coisas começam a dar para o torto!
Há homens que pensam que ainda vivem na época em que se matavam judeus em câmaras de gás e julgam que se fizerem tarefas domésticas, entram em combustão interna. Vou quebrar esse mito, pois eu ainda não ardi.
Este tipo de guerrilhas internas do género Espanha vs Catalunha só criam mal estar e desavenças desnecessárias.
Há quem ache que isto se trata de mais uma batalha na guerra dos sexos, só que eu discordo desta teoria. Quem nunca dividiu uma casa, nem que seja nas férias com os amigos? Há sempre um que arruma e limpa mais que os outros. Nos casais homossexuais, com certeza que acontece o mesmo. A batalha na divisão de tarefas está muito mais no âmago da nossa existência. Nós procuramos justificar a razão porque merecemos fazer menos que o outro, para que isso nos traga algum conforto e bem estar connosco próprios. E isso tem um nome, egoísmo.
Claro que este, é um ponto de vista sobre a sociedade em geral. Há pessoas que gostam de fazer tudo porque acham que só eles é que fazem bem e são autênticos escravos do lar. 
Nunca vos aconteceu entrar em casa de alguém e pensar "Fod@-se, mas mora gente aqui?!!" Tudo impecavelmente limpo, arrumado e cheiroso, tipo hotel à espera de hóspedes. E depois há o oposto, aquele que é hospede na própria casa -  nunca faz nada e nem sequer sabe muito bem onde se arrumam os pratos.
Estão ambos errados.
 Dividam tarefas que custa menos a todos e não sejam escravos do lar. Ninguém morre se a casa não for aspirada uma semana.
Não vos vou maçar mais com isto porque tenho ali louça dos últimos sete dias para lavar e já estão a berrar comigo!

Até ao próximo mês



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