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Breve reflexão sobre a ganância



A sociedade em que vivemos é, em tudo, materialista.
Desde cedo que nos são transmitidos valores sobretudo materiais, que devemos seguir se "queremos ser alguém na vida". Fazem-nos acreditar que, onde conseguirmos chegar, depende do modelo de carro que possuímos, do tamanho da nossa casa, da quantidade e qualidade das coisas que metemos lá dentro. Esse é o nosso estatuto. O nosso cérebro e a nossa inteligência medem-se pelo modelo do nosso computador. A impressão que causamos nos outros é que determina o nosso sucesso.
Medimos a quantidade e a qualidade dos nossos afectos pelo feedback nas redes sociais e pelo modelo do telemóvel que usamos.
A cultura fica reduzida à quantidade de viagens que conseguimos fazer.
O único ser que devemos venerar somos nós próprios.
Os valores morais, de integridade, de piedade, gratidão, amor ao próximo, de responsabilidade social, entre outros são colocados no lixo para não nos poderem prejudicar.
O dinheiro é o maior valor que podemos ter e o nosso grau de felicidade depende da nossa conta bancária.
Vivemos uma total inversão de valores!
E os resultados estão à vista...
Temos porque os outros têm e acumulamos porque podemos vir a precisar um dia. Temos porque cremos que a nossa felicidade está dependente disso.
No final das contas, cruzamo-nos com pessoas cada vez mais frustradas e insatisfeitas.

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4 comentários

  1. Felizmente continuo a ser feliz com muito pouco!

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  2. Concordo! Não deveria ser assim. Por exemplo, e porque se está a aproximar, o Natal deveria ser um momento familiar e não um momento de prendas. Já gostei do Natal, há muitos anos que detesto essa altura pela forma como passou a ser encarado pelas pessoas.

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    1. Eu também já fui anti Natal, agora começo a gostar mais exactamente pelo momento familiar. Embora as prendinhas também são bem vindas, quando escolhidas com o coração ;) Beijinho

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