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Aquela necessidade de agradar aos outros



Desenvolvemos, desde muito cedo, a necessidade de captar a atenção das pessoas para conseguir uma recompensa. Vemos isso, diariamente, nas atitudes da maior parte das crianças. Vemos isso também, num grande número de pessoas adultas.
A recompensa provoca uma sensação boa e continuamos a fazer o que os outros querem que façamos, à espera de obter a recompensa. Com medo de sermos punidos e de não recebermos a recompensa, começamos a fingir ser o que não somos, apenas para podermos agradar aos outros. Só para sermos suficientemente bons aos olhos das outras pessoas. Tentamos agradar à mãe e ao pai, a quem nos rodeia e até a desconhecidos e, assim, começamos a representar.
Fingimos ser o que não somos com medo de sermos rejeitados. O medo de sermos rejeitados, torna-se o medo de não sermos suficientemente bons. Um dia acordamos e já nem sabemos quem somos!
Tornamo-nos cópias das crenças do pai e da mãe, das crenças da sociedade e das crenças religiosas. Crenças essas que não chegamos a escolher e que, depois de expostos a novos conceitos e tentarmos tomar as nossas próprias decisões, descobrimos que elas ainda controlam a nossa vida.
Existe algo na mente humana que julga tudo e todos, incluindo o tempo, o cão, o gato.... tudo!
É por isso que devemos ter a coragem para desafiar as nossas próprias crenças. Ainda que saibamos que não fomos nós que as escolhemos, acabámos por concordar com elas. Essa concordância é tão forte que, mesmo que entendamos o conceito de que não são as nossas verdades, sentimos culpa e vergonha se formos contra elas.
Quantas vezes pagamos por um erro? Imensas. O ser humano é o único animal na terra que paga imensas vezes pelo mesmo erro. Porquê? Por causa dos outros. Somos condenados repetidamente pelos outros.
É por isso que sermos nós mesmos é o nosso maior medo. Aprendemos a viver a nossa vida tentando satisfazer as exigências dos outros.
Julgamos, igualmente, os outros de acordo com a nossa imagem de perfeição e, normalmente, eles não correspondem às nossas expectativas.
Estão a ver o circulo vicioso?

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2 comentários

  1. Infelizmente é assim... vivemos numa sociedade que nos impingiu, nao precisa necessariamente de ser o modelo a seguir, mas se dissermos que queremos ser nós mesmos, tbm ja temos a ideia pre definida do que nao queremos ser... la está circulo vicioso. E agora quem é que muda isso? Ninguém!!

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