A maravilhosa vida falsa que muitos ostentam

 

(foto retirada do Google)

Esta ideia surgiu de umas notícias que li sobre a Kylie Jenner em que aparece na Forbes, na lista dos mais jovens milionários e, vai-se a ver, é tudo marketing e até deve dinheiro a fornecedores, sobre uma qualquer das suas colecções, em colaboração com a sua irmã Kendal. Embora, pronto, não vivem na miséria, certo?
Nesta quarentena/pandemia, tenho-me dado a observar a maravilhosa vida falsa que muitos ostentam nas redes sociais, perguntando-me:
1º - Será que moro num mundo diferente (onde estamos a viver uma pandemia e tem sido tudo menos um ano feliz)?
2º - As pessoas chegam a aproveitar alguma coisa dos sítios que frequentam, à parte de tanta pose para as fotografias?
Estas dúvidas rondam na minha cabeça....
Deve ser extremamente cansativo passar a vida a fazer pose para publicar no feed e impressionar uma data de gente que não conhecemos de lado nenhum. Isto para conseguir um grande número de seguidores e ser um "influencer" de sucesso que, no final de contas, tem pouco ou nenhum conteúdo de real interesse.
Depois, nós (pessoas normais) somos "cobrados" pelo sucesso alheio e pressionados a sermos iguais. No entanto, quase sempre, há máscaras e a vida real dessas pessoas, afinal, não é assim tão invejável.
Na maioria das vezes, só publicamos aquilo que queremos que os outros vejam - o que queremos ser e, tantas outras vezes, não somos. 
Poses e mais poses, um filtro aqui outro acolá, na busca da aprovação de um grande número de desconhecidos. A caça doentia aos "likes" transforma qualquer pessoa em refém das próprias mentiras. 
Sobre este assunto, também vi, há dias, o documentário "O Dilema das redes" que saiu na Netflix e é assustador!
Há casos em que a diferença de imagem entre a pessoa real e a que vemos nas redes sociais é tão grande que se torna irreconhecível.


Tantas vezes dou por mim, num canto da minha casa, a fazer scroll em imagens perfeitas e a sentir-me miserável.
Vidas de sonho, que mostram pessoas sempre felizes e bem sucedidas. Ele é artigos de luxo, casas fantásticas, férias maravilhosas, bons carros, roupas fabulosas, pessoas lindas. As fotos são tão perfeitas, as pessoas tão alegres, as famílias tão impecáveis, as festas tão chiques, os amigos tão fantásticos, tudo o que qualquer um sonha para si.
Pensar que, actualmente, os níveis de felicidade e sucesso são avaliados pelo número de "likes", é perturbador. É como se a nossa vida só tenha valor quando aplaudida pelos outros. 
Porém, vamos ver um perfil, depois outro e outro e parece tudo igual. Onde está a individualidade? O que nos torna únicos? É mesmo necessário ser igual a todos para ser aceite? Para nos acharem bonitos? Respeitáveis? Para sermos inspiradores? Não me parece!
Volta e meia, vou apagando um ou outro perfil do meu feed, por achar demasiado banal e não me acrescentar nada. Curiosamente, são sempre os que têm mais seguidores. Encontraram a fórmula do sucesso e siga. Mas, no meio de tanta "tralha" vou encontrando pessoas originais e inspiradoras, com conteúdo espectacular e merecedoras de muitos seguidores. Gente de verdade, com dias bons e outros maus, fotos lindas e outras normais, que têm um propósito, além dos "likes".
A nossa verdadeira essência é o que de mais belo e interessante possuímos.
Sejam únicos, sejam vocês, mesmo que isso não vos traga muitos "likes" e não vos coloque em palcos, nem vos brinde de aplausos. Há muita gente aborrecida no mundo, ansiosa por vos conhecer.

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