O culto do coitadinho



                                                              ( foto retirada da Internet)

Toda a gente gosta do coitadinho: aquele tipo que não tem talento para nada, que não sabe fazer nada ou não quer e que passa os dias armado em mártir. Todos preferem a mediocridade e a miséria, pois só assim se conseguem sentir superiores.
Não sei qual dos dois géneros me faz mais espécie: o coitadinho ou o maldoso! Na verdade, tanto um como o outro são feitos da mesma falta de segurança, de orgulho e de dignidade. Levam as suas vidas na conveniência de mostrar aos outros algo que não existe, mas que é confortável mostrar, porque o que importa é o que os outros pensam e não o inferno em que realmente vivem.
São pessoas incapazes de defender o que é justo, de bater o pé, de tomar partidos. Embora nem todos nasçam com o dom da inteligência ou da audácia, todos sabem distinguir, nem que seja de forma distorcida, o bem do mal e especialmente aqueles que se refugiam na religião, mais uma vez tentando fazerem-se passar por mártires e virtuosos. Mal sabem eles que para ser virtuoso não basta rezar, é preciso coragem e garra. A falta de atitude, de zelo, a inércia é pecado até na religião e prejudica não só as suas vidas como as daqueles que lhes são mais próximos. Infelizmente parece que essa é uma daquelas maçadas que é preciso sacrificar porque é assim que lhes convém e quem levar por tabela, que se aguente à bronca, pois nunca ninguém disse que a vida era fácil.

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