Características de uma boa mãe



Ainda não sou mãe e não sei se algum serei, mas se for, estou determinada a ser uma boa mãe.
Nunca sonhei em ser mãe, nunca foi um objectivo de vida para mim, só que, se acontecer, darei o melhor de mim e farei o que acho ser o mais correcto a fim de criar um ser humano digno e bem educado. Obviamente que, todas as mulheres que são mães, acham que estão a fazer isso ( assim o espero ) e não há só uma fórmula de o fazer, vai da consciência de cada uma.
Como mulheres que somos, comparamo-nos umas às outras. Sempre foi assim e sempre será e eu não sou diferente!
O facto de ter deixado a maternidade para último plano, deu-me tempo para observar e tirar as minhas conclusões. Há duas maneiras de fazer isto: comparar os pontos fortes que vemos nas outras em relação às nossas fraquezas e seguir o exemplo. Ou podemos focar-nos nas falhas que vemos nas outras para nos desculparmos das nossas e aumentar a nossa auto-estima. Aviso já que a última opção não favorece ninguém. O melhor mesmo é parar de olhar para o que os outros fazem e usar essa energia para cuidar dos filhos, pois vejo muitas mães que são mais infantis que os próprios filhos. Não têm paciência nem vontade de os educar e criam pequenos monstros que se irão tornar em adultos desprezíveis.
Deste meu "estudo de mercado" colectei 5 características do tipo de mãe que aspiro ser:

Investir tempo e energia para compreender os filhos
Para as crianças a percepção é a realidade. Se elas percebem que a mãe está sempre ocupada e distraída, isso torna-se facto para elas. Quando eu era criança, o meu pai estava sempre ausente, nunca aparecia quando me sentia vulnerável, nunca me deu um carinho. Já a minha mãe, nunca tinha paciência para mim e passava o tempo a berrar comigo e a dar-me sovas. Nunca, nenhum dos dois conversou comigo, nem me explicaram o que eu estava a fazer de errado e como o devia fazer. A conclusão que tirei foi que nenhum dos dois gostava de mim.
Como adulta que sou hoje, sei que não é bem assim, mas a distância que se criou, não desapareceu. Por isso, acho essencial investir tempo e energia para entender as crianças. Procurar perceber a perspectiva delas é o primeiro passo para uma relação feliz e saudável com os filhos.

Ensinar os filhos a exprimirem os seus sentimentos
Os miúdos vêm as coisas segundo a perspectiva deles. Se não dividirmos com eles as nossas, não têm ferramentas de comparação. Devemos, pacientemente, explicar-lhes a razão porque não podem fazer isto ou aquilo ou dizer isto ou aquilo, assim como explicar-lhes o porquê de não podermos passar tanto tempo com eles. O diálogo ajuda as crianças a perceberem a razão das coisas e também ajuda a criarmos laços de confiança e honestidade na nossa relação com eles. Como pais, é nossa obrigação ensiná-los a exprimirem-se de forma positiva e não com birras, e essa atitude irá mostrar-lhes que queremos saber o que eles pensam e sentem e vai fazê-los sentirem-se seguros.

Ser proactiva em vez de reactiva
As crianças têm necessidades próprias da sua personalidade e idade que só os pais podem perceber, até para prevenir problemas antes que aconteçam. É uma escolha nossa ser proactiva ou reactiva nas situações e servirá de lembrança aos filhos do seu valor para os pais. Permitir aos filhos de participarem nas tarefas domésticas, assim como a escolherem actividades para fazer em familia, irá trazer-lhes sentido de responsabilidade e importância.

Aceitar as limitações
É importante termos noção das nossas limitações e pedir ajuda quando necessário. Não há supermulheres! Somos todos seres imperfeitos. Pedir desculpa aos filhos quando nos passamos dos carretos, mostra-lhes que ninguém é perfeito e que irá acontecer mais vezes ao longo da vida.
Deixar os filhos com alguém para poder arrumar a casa em paz, ir às compras, ao cabeleireiro, sair com as amigas ou com o marido, tirar umas férias "de adulto" de vez em quando, não é nenhum crime e não dá direito a medalha para piores progenitores. É saudável. Não precisam de provar nada a ninguém. Não serão piores pais por isso. Garanto.

Amar os filhos não só em palavras, mas em actos
As crianças ( e nós ) precisam de saber que são amadas. As palavras têm o valor que têm, ou seja, nenhum, se as acções mostram o contrário. Esse será, sem dúvida, o melhor presente que lhes podemos dar: amor, tempo, atenção...
Dar-lhes, por exemplo, 10-20 minutos de total atenção por dia, preenche-os e liberta-os para irem brincar, felizes da vida, enquanto nós fazemos as nossas tarefas diárias.


Certamente não é um trabalho fácil, será um desafio diário com constantes altos e baixos. É a tarefa mais árdua da vida, por isso acho imprescindível pensar bem antes de ter filhos e preparar-se para tal. A maneira como uma criança se torna num adulto, é total responsabilidade nossa e eu vejo tantos pequenos monstrinhos que é assustador.
Alguém por aqui é mãe? O que acham do que acabei de dizer? Concordam, não concordam, adicionam ou retiram algo?

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