Quando cortei a minha longa cabeleira, cruzei-me com uma pessoa que me disse que fiz muito bem, porque já estava a ficar demasiado velha para ter cabelo comprido.
Fiquei chocada, confesso. Nunca tinha ouvido semelhante barbaridade!
Primeiro, não me sinto, nem sou demasiado velha para coisa nenhuma; e segundo, o meu cabelo era a minha imagem de marca. Cortei-o só porque me apeteceu mudar e o corte BOB estava e está muito em voga, mas quero deixá-lo crescer novamente. Estou a trabalhar para isso.
Curiosa como sou, fui pesquisar sobre o assunto. Rapidamente percebi que existem artigos infindáveis sobre o tema e que, muita gente, acredita mesmo que existe um limite de idade para ter o cabelo comprido.
Tendo em conta que o meu cabelo está curto e cresce cerca de 1 cm por mês, segundo as minhas contas e deixando-o crescer, ele será novamente comprido quando eu tiver 40 anos. UPS!
A ideia é que, um cabelo curto dá a aparência respeitável e elegante que deve ter uma senhora, mãe de família.
Desde quando o comprimento do nosso cabelo tem alguma coisa a ver com isso? Eu nem sequer sou mãe ainda....
Só não concordo com um cabelo comprido se estiver estragado, porque é feio e dá um ar de desleixo. Tirando isso, não vejo problema algum.
O mundo está cheio de exemplos de mulheres maduras e lindas com os seus longos cabelos. Não são menos respeitáveis e elegantes por isso, muito pelo contrário, são admiráveis:

                                                                   Julianne Moore

                                                                       Demi Moore

                                                                       Linda Rodin

                                                                 Monica Bellucci

                                                                    Goldie Hawn

Mais do que manter a aparência "correcta" aos olhos da sociedade, decidindo cortar o cabelo, que seja por vontade de mudar ou ter menos trabalho com a manutenção.
O nosso cabelo só a nós diz respeito e devemos usá-lo como bem nos apetecer e nos fizer sentir bem. Nada mais.