Casa da Criatividade - Concerto de Teresa Salgueiro


A Casa da Criatividade em S.João da Madeira, como o nome indica, é uma casa de artes e criatividade, com características únicas em Portugal. Foi inspirada em espaços do género existentes no Japão e na Alemanha, onde recebe os mais diversos eventos de palco e tem capacidade para público entre os 400 e os 900 lugares.


A Casa da Criatividade foi em tempos o Cine - Teatro Imperador, inaugurado a 25 de Dezembro de 1958. Entretanto entrou em decadência, sendo que se encontrava ao abandono há vários anos e já em avançado estado de degradação.




Cinquenta anos depois, a Câmara Municipal procedeu à adjudicação da empreitada de reconversão do edifício em Casa da Criatividade.



Esta é só uma das obras de reconstrução na cidade....
Tive a oportunidade de lá ir pela primeira vez como Casa da Criatividade, assistir ao concerto de Teresa Salgueiro.


Sobre o concerto, bem, nada do que tinha em expectativa!
Vi o concerto dos Madredeus há muitos anos e até chorei de emoção, então pensei, a voz é a mesma, há-de ser bom... Não foi, mas também não foi péssimo.


O nome do álbum é Mistério e o da digressão Fortaleza, mas não havia necessidade de tanta penumbra.


Uma mulher com uma beleza daquelas não devia estar na escuridão, muito menos falar baixinho, quase a parecer um padre na missa, quando é possuidora de um vozeirão tão potente como o dela. Irritou-me e aborreceu-me!


Felizmente cantou a minha música favorita dos Madredeus: O Pastor.
Quanto ao seu novo reportório musical, a brigada do reumático que lá estava deve ter adorado ( e daí não sei, estava escuro ).


Em relação à Casa da Criatividade tenho a dizer que não fazia mal terem menos lugares e mais "largueiros", pois eu sofro de claustrofobia e senti-me encurralada.


Todo o resto do edifício está bonito, moderno e agradável, mas a sala de espectáculos é o terror.
Outro aspecto que deixou muito a desejar foi o seu funcionamento, juntamente com o staff. Comprei os meus bilhetes online, paguei mais 1.11€ de custos de operação (?) porque não gosto de estar em filas. Chegámos lá e eu é que tive de ir ter com a pessoa que estava a receber-nos, pois ela nem me viu. Depois mandou-me ir para a fila da caixa com os meus bilhetes (?), que foram comprados para a varanda, dizendo que íamos para a plateia. Como?
Eu compro bilhetes para a varanda e mandam-me para a plateia e nem uma explicação me dão? Porque?
Se eu quisesse estar no meio do povo todo, tinha comprado bilhetes para lá....


Passei cerca de duas horas apertada numa cadeira, que nem podia ir à casa de banho sem incomodar meio mundo, encostada a gente que não conheço, a morrer de calor e com o "perfume a estrugido" de alguém.


Vendo pelo lado positivo, não imaginam o alívio quando consegui sair de lá de dentro!

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2 comentários

  1. Prezada Sra. Sandra, lamento que o concerto da minha querida Teresa Salgueiro não tenha sido do seu agrado, sofrer de claustrofobia há de ser algo terrível. E o (des)serviço da Casa no seu caso foi realmente de tirar do sério. Espero sinceramente que possa assistir a um novo concerto da Teresa em um lugar aberto, para que possa desfrutar de sua magnífica voz e simpática presença. Meus cumprimentos e parabéns pelo blog, é de muito bom gosto. Vera Alves.

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