A beleza das festas populares....

Foto by Kim Ramalho


No meu tempo de adolescente, as festas populares eram o auge do meu Verão!  
 Vestia a minha melhor roupa e lá ia eu juntar-me aos meus amiguinhos na zona dos carrinhos de choque. Toda a envolvência da festa me alegrava: as luzes ao longo da rua, os carrinhos de choque e os aviões, muita gente a circular de um lado para o outro, as barraquinhas com bugigangas e o cheiro a doces no ar....assim era há 20 anos atrás ( CREDO, estou mesmo velha ).
É incrível o quanto nos transformamos ao longo dos anos. Pensar que algo que me fazia tão feliz há uns anos (valentes) atrás, agora dá-me arrepios (daqueles que não são bons). A malta bem tenta continuar a sentir-se jovem, faz revivals de momentos felizes à espera de sentir a mesma coisa, mas não tem hipótese!
O mundo é mesmo cruel, tão cruel que até criou as festas populares e lá juntou todo o tipo de criatura, deve ser uma espécie de purgatório. Juntando a isso é só meter um Michael Carreira no palco e é um descer às profundezas mais profundas que o inferno, que comparando, até deve ser um lugar agradável.
Não vou enumerar a quantidade de espécies onde baixei a pestana senão nunca mais saíamos daqui, mas digo-vos do fundo do coração, senti uma tal deprimência a cada passo que dava em direcção a um mundo horrível, que outrora me fez tão feliz.
É aqui que me apercebo, no meio de uma luta de machos do gang da Zundapp, com o capacete na mão e uma argola na orelha, que só quem ignora consegue ser verdadeiramente feliz.
Talvez sofra de síndrome de Peter Pan, mas detesto ter crescido, pois à medida que o tempo passa mais o mundo se torna feio!
Felizmente ainda não me tiraram a beleza do fogo de artificio, que em 20 anos pouco evoluiu mas continua a ser uma delicia assistir :)


E agora vou fazer a minha mala para ir de lua de mel. Acompanhem o blog a partir do facebook aqui.
Beijinhos

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