6 meses de maternidade






Era para ter feito o update sobre a minha  vida como mãe aos 4 meses... entretanto, passaram mais dois! É assim a vida de mãe. Xau.


Podia terminar assim, não era?


Passei o ano (passado) inteiro a desejar que chegasse a Dezembro por duas razões: Já não estaria grávida e a minha filha teria 4 meses, o que na minha cabeça, seria mais fácil de manusear. A malta engana-se para caramba!
Se vocês pensam (como eu pensava) que a parte pior é a barriga aberta (no caso de cesariana) ou a episiotomia (no caso de parto normal), preparem-se que isso é só o começo. São os preliminares.

Pequena pausa para publicidade: 
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 - Àquelas pessoas que adoram dizer que estava de férias - vão-se f*d*r
 - Àquelas que acham que estou em dieta rigorosa só porque emagreci rápido - venham até cá a casa aturar a minha filha, para eu poder comer
 - Àquelas pessoas que se fingem minhas amigas mas, por trás, estão a criticar a maneira como cuido da minha filha - vão-se f*d*r
- Àquelas pessoas que dizem "ah, ter só um filho não tem assunto": mas quê, vocês pagam?
- Àquelas pessoas que gostam de me fazer sentir culpada até por ir sozinha à casa de banho..... Enfim, nem sei que diga
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Continuando, 6 meses depois da minha miúda nascer, sou completamente refém dela e serei para o resto da minha vida, com todo o gosto. Nos entretantos, adquiri alguns super poderes:
- Sou capaz de a ouvir a chorar a kms de distância e no meio do som de 100 megafones.
- Ganhei mais quatro braços, olhos atrás da cabeça, faro de cão e o dom da omnipresença.
- Passei a conseguir ir para a cama cada vez mais tarde e acordar antes da miúda abrir a pestana. Bem, tem dias.
- O meu ar esgotado já é imagem de marca.
- Consigo sobreviver, na boa, sem me alimentar ou ir à casa de banho.

Em termos de estilo pessoal, é um drama! Tudo é perigoso - o nosso perfume ou creme pode dar alergia ao bebé; andar de saltos altos é suicídio; usar brincos compridos pode causar-nos uma lesão nas orelhas; assim como usar o cabelo solto e comprido, pois a nossa cria adora puxar-nos o cabelo ou os brincos.
Passar o dia a ouvir traques ou a levar com esguichos de cocó é a nossa maior alegria, quer dizer que brevemente a criança poderá adormecer descansada e parar de chorar.
Agora que já comecei a trabalhar e tenho horários para cumprir é um tormento. Todas as manhãs é uma corrida contra o tempo para me arranjar e arranjar a minha filha, enquanto pareço um animador de circo para a tentar distrair até a meter no carro, juntamente com a tralha toda que ela precisa e que é arranjada na noite anterior depois dela adormecer. Obviamente que, na altura de sair de casa, ela já quer comer e não pode esperar ou suja a fralda e, consequentemente a roupa, e bota a mudar tudo e vesti-la novamente, enquanto ela esbraceja e esperneia qual polvo enfurecido.
Não pensem que alguém vos respeita mais ou vos facilita a vida só porque estão atrapalhadas a tentar montar/desmontar o carrinho do bebé, se estão a fazer malabarismo no supermercado entre segurar as compras e a criança ou a tentar estacionar no shopping na zona prioritária de famílias. Nop. Amanhem-se. Afinal, quando foi para fazer o filho não precisaram de ajuda, pois não???
Com o tempo, o cansaço tende a piorar, assim como a falta de paciência. Até porque, anda tudo maluquinho da cabeça. Embora, e infelizmente, tenho a certeza que se eu fosse um homem grande e encorpado, passava por menos (ou nenhumas) situações de falta de respeito, educação e civismo. Só que isso será um tema para outra publicação.
O que vale é que a minha filha é maravilhosa, saudável e feliz. O resto, não interessa nada.
Haja coragem. Muuuuita coragem!


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