Um ode às mulheres que fazem muita ginástica para combater as galdérias




O casamento ou uma relação longa, são assuntos sérios, não são decisões a tomar de ânimo leve ou arrastadas pela carência.
As mulheres ( e homens também ) são facilmente levadas pelo conto do vigário, o que resulta em corações partidos e na total perda de dignidade. Para conseguirmos o " e foram felizes para sempre", devemos, primeiramente, exercer com distinção a nobre arte de saber estar sozinha, a não ser que alguém de muito merecimento apareça com boas e comprovadas intenções. Até porque, os sinais de alerta costumam ser bastante evidentes e a nossa intuição não falha: se pressentimos que algo não bate certo, não bate certo mesmo!
A ideia de igualdade de comportamento veio fazer com que os homens procedam de forma demasiado passiva e as mulheres dêem pouco valor a si mesmas, contentando-me com qualquer coisa que apareça. Por muito modernas que sejamos ou queiramos ser, as nossas atitudes devem sempre convidar ao respeito e, mesmo assim, não estamos livres de sermos enganadas. Como Fernando Pessoa citou: " O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir a dor que deveras sente".
Quando situações dessas acontecem, é usual ouvir recomendações, entre elas o " tens de lutar pelo que é teu"! Bem, se for realmente meu, não será necessário lutar por ele. Certo? E depois, a ideia da mais leve intromissão dá-me de tal modo a volta ao estômago que seria impossível "lutar", mas sim livrar-me o mais rápido possível do estafermo.
Sempre me meteu confusão histórias de mulheres que, encontrando o marido em flagrante delito, resolvem o assunto dando um arraial de porrada à amante, enquanto o adúltero escapa ileso, como se fosse vitima da situação. Assim como aquelas que defendem que o marido é que deve apanhar, pois ele é que tem um compromisso. Não é bem assim... embora algumas amigas do alheio até não saibam que estão com um homem casado ( o que me custa muito a acreditar ), a maioria delas sabe bem no que se está a meter e até faz de propósito para competir com a legitima. Desesperadas de uma figa, essas sim, são mulheres da luta. Não conseguem encontrar um namorado/marido só para si e então tratam de tentar roubar o das outras. Concluindo: se é para armar barraco, então que sobre para todos - o marido que foi infiel e a galdéria que anda toda feliz e contente a achar-se irresistível e a destruir o casamento alheio. São precisos dois para dançar o tango.
Se é para haver igualdade, que seja nos direitos, nos deveres e na porrada. É mais que justo a partilha de consequências!
Além do mais, esse tipo de mulheres adora confrontar as legitimas, provocando-as, encarando-as de frente e oferecerem-se de bandeja ao homem mesmo à frente da esposa, como se ela fosse transparente.
Mulheres dessas não exigem qualquer mérito, nem sequer beleza, já que para ser descartável, qualquer coisa serve.
Uma mulher decente e segura de si, não tem concorrência. Obviamente, não gosta de ver tais referências a cruzarem-se na vida do marido e na sua também. Nenhuma gosta dessas proximidades. Ninguém aprecia atrevimentos, invasão de espaço ou faltas de respeito... nem nas redes sociais, telefone ou grupo de amigos.


Viver a vida sem andar atrás do respectivo a controlar é um desafio hercúleo, mas por muito que as outras avisem que estamos na selva, competir é ridículo e pouco dignificante.
Uma mulher a sério só permite perto de si, um homem com ideias tão claras quanto as suas e que deseja estar com ela sem situações dúbias.
Um homem que se deixa disputar por A+B, não merece ser cobiçado. E uma mulher que não se importou de se envolver com um homem comprometido e que, usualmente, ainda se sente lisonjeada por roubar o estafermo alheio, certamente não irá ter problemas se, no futuro, o sujeito lhe fizer a mesmíssima coisa que fez à anterior!

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