Dia mundial da rádio





    Olá!

Esta semana foi plena em festividades, um fim-de-semana que se estendeu até terça-feira, logo a seguir o dia de S. Valentim e ainda a ressacar  houve, talvez um marco na historia que passou ao lado por razões óbvias. Falo do dia mundial da Radio. 
   A rádio é o órgão de comunicação mais abrangente em solo nacional, é nele que confiamos enquanto conduzimos, é a ela que recorremos quando tudo o resto falha. A rádio está lá!
 Desde que me lembro, sou um apaixonado por música e por rádio em particular. Há uma magia intrínseca, há músicas  que associamos a momentos porque alguém, em algum lado, decidiu passar aquela música (penso que já todos passámos por isso). Há uma certa cumplicidade por quem do outro lado nos fala, mesmo sem nunca nos termos visto.
Apesar de esta enorme e quase irracional paixão, sempre me fez questionar a existência de algo que ouvimos tantas vezes falar que é o "bichinho da rádio"! Sempre pareceu um cliché, quase sem sentido para explicar algo inexplicável, até ao dia que uma mensagem no meu telemóvel me convidava a ter um programa de autor numa rádio.
 Recebi a noticia em êxtase, como uma criança recebe um brinquedo novo. A partir do momento em que pus o primeiro pé na rádio, senti de facto o tão famoso "bichinho da rádio".
Quem já teve oportunidade de fazer rádio sabe bem do que falo: o bicho estranho que se entranha em nós, uma espécie de caso amoroso eternamente mal resolvido, um vírus que anda cá dentro, uns dias adormecido, aparentemente extinto, outros dias desperto como se fosse novo no corpo. O bicho da rádio fica para sempre e, com o tempo, a única mudança que nele se nota é a frequência com que nos acorda. Varia sem que consigamos descortinar a origem dessa frequência, ou da falta dela.
Hoje sou um dos poucos sortudos que vos posso falar ao ouvido a fazer um programa de autor, juntamente com outro apaixonado pela rádio, onde a palavra, som, música, um encadeado de ideias e de formas sonoras que resultam em imagens, em projectos, em coisas que fascinam. Tudo da nossa autoria e fugindo  da praga das "playlists" e dos formatos e da concepção de rádio, como um mero leitor de cds.
A minha doença por música é de tal ordem que julgo sofrer de uma patologia grave e ainda desconhecida pela comunidade médica que é, o simples facto de estar na minha cabeça constantemente a criar bandas sonoras para situações, conversas, ou meras observações de comportamento alheio e sei que não estou sozinho nisto. Ainda vou mais longe, chego a criar mini "playlists" para me fazerem companhia no duche diário, até para limitar o meu tempo de banho. Sim a minha "demência" chega a isso. 
Por tudo isto, é-me muito difícil ser pragmático e objectivo a fazer uma ode à rádio. Sinto com paixão, como quem ama um Deus não palpável e não me querendo alongar mais no texto, amem a rádio como a rádio vos ama e bendita seja a rádio, no meio de nós.  AMEN!!

Cumprimentos,



Ps: Se porventura se sentem curiosos a ouvir aquilo que eu e o meu soundmate fazemos aos domingos durante uma hora inteira, marquem na vossa agenda todos os  domingos às 20H em directo, em 106.3 se estiverem entre douro e vouga, no site www.ifmtv.pt/player.asp para o mundo ou então podem juntar-se à nossa página https://www.facebook.com/EclecticSoundsInformedia

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Bom Domingo a todos

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3 comentários

  1. Eu sou apaixonada por música, mas não sinto o tal "bichinho da rádio".
    Um beijinho grande*
    Vinte e Muitos

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    1. É o coisa difícil de explicar, mas que está lá, está! Experimenta fazer rádio uma vez, é mágico! Beijinho

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  2. Que bom que fazes algo que realmente amas =)

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