Este dia não é assinalado por acaso e tão pouco é a desculpa anual para as senhoras se juntarem todas para irem soltar a franga num qualquer restaurante, que além da comida insipida, servem também macacos a fazerem striptease e/ou touros mecânicos, acompanhados de um "DJ" que saiu sei lá de onde (talvez de uma festa de Domingo à tarde da TVI) e bora lá dançar o piradinha com tudo o que se tem direito . Não me envergonhem vá, parecem presidiárias recentemente livres da pena! O Dia Internacional da Mulher não é isso...


Em 8 de março de 1917, na Rússia, a greve das operárias da industria têxtil contra a fome, más condições de trabalho e segurança precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro ( era dia 23 de fevereiro no calendário juliano). Pela manha, as operarias têxteis deixaram o trabalho de varias fabricas, saíram todas às ruas e a greve foi de massas.



Há também a versão que em 8 de março de 1857, tecelãs de Nova Iorque realizaram uma marcha por melhores condições de trabalho, diminuição de carga horária e igualdade de direitos. Na época elas chegavam a trabalhar 16 horas por dia, com salários até 60% menores que os dos homens. Além disso, muitas sofriam agressões físicas e sexuais.
Consta-se que o desfecho da marcha é de que as manifestantes tenham sido trancadas na fabrica pelos patrões, que atearam fogo no local, matando cerca de 130 mulheres.


                                       

Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para tornar o dia 8 de março, um dia oficial que permaneceu como celebração da "heroica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perdeu a vertente politica e tornou-se uma ocasião em que os homens manifestam simpatia ou amor pelas mulheres, com oferta de prendas e flores.
O dia permanece como feriado oficial na Rússia.
No ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 3 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 60, sendo, finalmente, oficializado pelas Nações Unidas em 1977.
Hoje esta data é o símbolo da luta pelos direitos da mulher.